Libélula


Olhem só no que me transformei
Me vejam, e tenham pena
Nem sou digna de pena
Não sou digna
Minha cabeça nunca esteve confusa
Minha alma apodrecida presa num corpo sujo
Lutando por liberdade
Não a libertei, mas ela ainda luta
E me transformo neste monstro
Neste objeto sem sentimento
me olhe, me veja, me use
Só isso que sou
Prazer no final da noite
Sua ultima escolha
Ou fique sozinho
ou ficarei sozinha
Não, quem sabe,
minha carne é podre
mas ainda a querem.
Os animais insaciaveis.
Tudo fica fora de controle
brinco com seus sentimentos
Você destroi os que me restam
E sou seu objeto
Te dou prazer, tenho prazer
Nos tocamos no físico
Mas nossas almas
nunca se encontrarão.

Nenhum comentário: